Quando falamos de compliance no Brasil, não podemos fazer as coisas do mesmo jeito. A Unidade de Inteligência Financeira, que costumava se chamar COAF, e o Banco Central do Brasil estão sempre mudando suas regras. O objetivo é evitar a lavagem de dinheiro, combater o financiamento do terrorismo e manter a segurança do sistema financeiro. Estar atualizado não é apenas uma regra a ser seguida, mas também uma vantagem no mercado. Entre regras, diretrizes e decisões, o número de ordens pode parecer muito grande. Aqui estão os pontos mais importantes que sua empresa deve lembrar para o ano de 2025.
Quais empresas são afetadas?
Pessoas obrigadas pela UIF
- Instituições financeiras tradicionais: bancos, corretoras, administradoras de consórcios.
- Fintechs, processadores de pagamento e criptomoedas.
- Companhias de seguros, empresas imobiliárias, joalherias e companhias de seguros.
- Notários e registradores, com novas regras de comunicação em 2025.
Instituições regulamentadas pelo BCB
- Bancos múltiplos, cooperativas de crédito e sociedades de crédito
- Bancos múltiplos, cooperativas de crédito e sociedades de crédito
- Empresas participantes do Pix, Open Finance e sistemas de liquidação comercial
As principais regras da UIF para 2025.
1) Provimento do COAF número 161 de 2024
- Os portadores de cartão precisam enviar informações diretamente para a FIU. Isso melhora a qualidade e a velocidade da análise de transações que parecem suspeitas.
2) RIG COAF 2024 (Abordagem baseada em risco)
- É um guia que fala sobre como fazer uma análise de risco. O foco está em compreender os perigos e problemas para se proteger melhor. Esse guia é importante para ajudar na segurança e na prevenção de fraudes.
3. Comunicação de operações suspeitastas
- Em 2023, as notificações de transações suspeitas aumentarão em mais de 10% em comparação com 2022. Isso mostra que é importante ter equipes bem treinadas para não perder prazos e detalhes importantes.
4. Confidencialidade e compartilhamento de dados
- O STF afirmou que os relatórios da FIU podem ser repassados aos órgãos que trabalham com investigações criminais sem a necessidade de autorização judicial prévia. Isso deve ser feito respeitando o sigilo, de acordo com a decisão de 2024.
Quais são as regras que o BCB pede para os bancos e outras instituições financeiras?
1) Adesão ao Pix
- A partir de 1º de janeiro de 2025, somente as instituições que tiverem permissão do Banco Central do Brasil poderão usar o Pix. Essas instituições terão sistemas de segurança e regras de gerenciamento mais rígidos.
2. Cálculo do capital de risco de mercado
- Uma nova regra ajustará os requisitos de capital de acordo com o risco real. Essa mudança alterará os modelos antigos e unificará as regras para empréstimos, parcerias e contratos de derivativos.
3. Prioridades regulatórias para 2025-2026
- O foco é o Open Finance. Fala-se também de regras para ativos virtuais. Além disso, há o uso de inteligência artificial para análise de crédito. E, por fim, é importante evitar ataques cibernéticos.
4. Instruções regulatórias específicas
- Ex: IN BCB 607/2025, prorroga prazos para remessa de dados pela base de fevereiro.
Como ficar tranquilo enquanto acompanha o processo?
Grupo e função.
- Escolha uma pessoa para ser responsável pela conformidade. Essa pessoa deve ter acesso a todas as áreas que possam ser afetadas. As áreas incluem tecnologia da informação, jurídica e operações.
Calendário regulatório
- Estabeleça um cronograma anual de vencimentos e revisões; defina alertas trimestrais.
Fontes oficiais
- Assine boletins do Gov.br (UIF/COAF), site do BCB e feeds de consultas públicas.
Ferramentas de conformidade
- Sistemas AML/KYC que coletam automaticamente informações e avisos sobre mudanças nas regras.
Treinamento contínuo
- Realizar workshops semestrais com equipes de front e back office; simular cenários de auditoria para validar processos.
Manter-se atualizado com as novas regras não é algo que se faz em um dia. É um compromisso que deve ser mantido sempre. Isso é importante para a honestidade e a boa organização de seus negócios.
Tomás Kenny
CTO e cofundador
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